
A reflexão mais profunda se dá através de personagens que se cruzam, mas principalmente na tragédia que ocorre na vida de Julie Vignon (Juliette Binoche) após a morte do marido - um maestro e conhecido compositor europeu - e da filha, num acidente de carro. Ao ficar sozinha, ela sente que sua vida perdeu o significado, passando a viver um tipo de liberdade egoísta e totalmente esvaziada de conteúdo.
As perdas são representadas por uma casa vazia e pela envolvente música composta pelo marido morto que ecoa na cabeça de Julie, sem deixá-la viver em paz. É que, num primeiro momento, ela ainda não percebia que existia uma relação intrínseca entre a sinfonia inacabada e a sua vida, também interrompida pelo trauma.
Na busca de um sentido para a vida, ela tenta ignorar o passado, mas aos poucos vai descobrindo que está cada vez mais presa a ele. Ou seja, por mais que ela tente fugir daquela realidade dolorida, sempre surgem sombras que a chamam para “conversar” com a sua verdadeira experiência de vida.

As reflexões sobre a igualdade e a fraternidade aparecem silenciosamente neste filme e depois são aprofundadas nas outras partes da trilogia. Na obra completa (nas três cores) Kieslowski nos diz que a liberdade é vazia se não vier junto com a igualdade e a fraternidade. E vice versa. Ou seja, se alguém não consegue dialogar com outras pessoas é porque ela não aprendeu a compartilhar reflexões e os seus sonhos. Na prática estaria realizando “o nada”! Ou seja, o problema é quando não reconhecemos o que aprendemos e não compartilhamos os nossos afetos.
Assista ao trailer do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=jmQ88PWzvR0
Eu gostaria de saber sobre a sinfonia,quem é o compositor?
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Excluirhttps://youtu.be/9lJeQAFyJgQ
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